A busca pela compreensão do funcionamento da mente humana é tão antiga quanto a humanidade. A prática da meditação proporciona um meio intuitivo e simples, embora profundo, de obter essa compreensão mediante a observação do nosso mundo e de nós mesmos. Sentar em meditação e permitir que imagens mentais, conceitos e emoções surjam para desaparecer em seguida leva à verdadeira descoberta da formação da nossa psique. Dessa maneira, o mundo dos pensamentos e o mundo da ação se interligam, possibilitando a observação direta da nossa experiência, sem disfarces conceituais.
Se a prática da meditação for encarada como uma atividade puramente religiosa, ficaremos perdidos. Chamar alguma coisa de "religiosa" implica a existência de uma outra realidade "leiga", separada. Contudo, na prática da meditação, o sagrado e o profano se confundem; nossa experiência é vista, antes de mais nada, como a base de tudo o que é real.
A opinião de Chögyam Trungpa sobre a meditação é diretamente significativa para a nossa vida no "aqui-e-agora" da nossa experiência. Sua introdução à meditação e sua aplicação ao nosso mundo cotidiano de ação mostram-nos a possibilidade de viver saudavelmente as nossas vidas, compreendendo-nos a nós mesmos e demonstrando compaixão para com os demais.