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Jayata
Transmissão de Kumarata/Transmissão para Vasubandhu

O Vigésimo Patriarca

Transmissão de Kumarata2

20. De Kumarata para Jayata [Shayata]

Jayata conhecia muito bem os ensinamentos de Buddha, mas ainda tinha muitas dúvidas a respeito do karma. Então, o mestre Kumarata explicou:

Você ainda não percebeu que as estruturas morais do karma, coerentes como são, manifestam-se apenas pelo senso delusório da separação. O sentido de separação resulta da consciência sujeito-objeto, que por sua vez resulta da ignorância. Esta teia de aparente causalidade vislumbra dentro do espaço da mente pura, a extensão infinita que não experimenta nem a originação nem a cessação. A mente pura, livre da atividade e da identidade, é portanto livre de quaisquer resultados que possam aparecer do karma, tanto superiores quanto inferiores. A mente pura é dinâmica e penetrante; porém, é essencialmente tranqüila. No momento em que você assimilar esta verdade, você será exatamente o mesmo com todos os buddhas do espaço e do tempo. Você verá as condições chamadas de boas ou ruins, assim como a extensão incondicionada que está além do "bem" e do "mal", como sendo sonhos vívidos e insubstanciais.

Assim, Jayata extinguiu suas dúvidas e realizou a perfeição da sabedoria.

Transmissão para Vasubandhu2

21. De Jayata para Vasubandhu

Vasubandhu era um monge com muitos seguidores, venerado antes mesmo de nascer. O mestre Jayata entrou em sua sangha como um mendigo e perguntou:

Jayata: Vasubandhu é muito puro, mas será que ele vai despertar completamente?
Monges: Ele já um desperto.
Jayata: O mestre de vocês ainda está longe do despertar completo. Ele pode continuar a praticar a disciplina severa e a promulgar definições rigorosas por várias eras mas, sem o despertar completo, estes esforços só plantarão sementes de divisão, de importância, de obsessão, de limitação.
Monge superior: Que poder espiritual você acumulou, sábio errante, para poder avaliar o nosso mestre?
Jayata: Nunca segui o caminho da evolução; então, não sou dividido. Nunca venerei os buddhas; então, não sou importante. Nunca pratiquei a meditação silenciosa; então, não sou obsesso. Nunca coloquei limites; então, não sou limitado. Simplesmente permanecendo em sua natureza verdadeira, minha mente já é o despertar completo.

Vasubandhu, que estava por perto, também ouviu isso e compreendeu que sua verdadeira natureza também era o completo despertar.


  1. Extraído de www.dharmanet.com.br


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