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Upagupta
Transmissão de Shanavasa/Transmissão para Dhritaka

O Quarto Patriarca

Transmissão de Shanavasa2

4. De Shanavasa para Upagupta

Upagupta conheceu o mestre Shanavasa aos 17 anos de idade e, aos 22, foi entrevistado por ele.

Shanavasa: Você renunciou ao ser lar no sentido exterior ou interior?
Upagupta: Minha renúncia não foi apenas interior, mas também exterior.
Shanavasa: Como o ensinamento extraordinário de todos os buddhas pode ter algo a ver com exterior ou interior, com corpo ou mente?

Upagupta superou a falsa dualidade e compreendeu o extraordinário ensinamento de todos os buddhas.


Transmissão para Dhritaka2

5. De Upagupta para Dhritaka [Dhitika]

Quando Dhritaka nasceu, seu pai teve um sonho incomum: um sol dourado emergia de sua casa, iluminando céus e terra; uma grande montanha, com sete pedras preciosas, levantou-se do chão e, em seu topo, um fonte d'água transborda pelos quatro pontos cardeais.

O mestre Upagupta interpretou o sonho com clareza:

O sol nascente é a renúncia ao lar, destinada ao seu filho. Ele abençoará sua nobre família por sete gerações, em cada uma das quatro direções. A montanha é o buddha vivo. A fonte é a sabedoria abundante e transcendente de seu filho; ele transmitirá o ensinamento inesgotável da não-dualidade para todo o universo. As sete jóias são os sete chakras, os centros de energia do corpo, totalmente ativados; a sabedoria vem do chakra da cabeça, o lótus de mil pétalas, que é o próprio buddha vivo. Seu filho é a sabedoria transcendente, que flui abundantemente do chakra da cabeça. Mestre e sucessor não são dois; eles são como e leite e sua brancura, como o fogo e seu calor.

Durante sua infância, Dhritaka interpretou o sonho de outra forma: a fonte inesgotável da perfeição da sabedoria não transmite apenas o ensinamento da não-dualidade, mas todo o ensinamento do despertar. Ainda muito jovem, ele decidiu deixar sua casa para se tornar monge.

Upagupta: Sua intenção é a de renunciar ao seu lar com o corpo ou com a mente?
Dhritaka: Não é com o corpo, nem com a mente.
Upagupta: Se não é com o corpo nem com a mente, quem ou o que renuncia ao lar, aos hábitos egoístas e às convenções mortais?
Dhritaka: O eu do não-eu, que não surge nem desaparece, é o caminho eterno dos buddhas eternos. Esta é a mente original, livre da forma e do foco. Aquele que renuncia ao lar deve, gradualmente, tornar-se sem "mim" e sem "meu", mas a mente original nunca deixa de ser o que é, nunca se transforma em "isto" ou "aquilo".
Upagupta: Agora, você só precisa ser a mente original. Abrace-a com sua consciência cotidiana, absorva-a completamente no seu corpo.

Desse modo, Dhritaka absorveu a luz da iluminação, sua mente original.


  1. Extraído de www.dharmanet.com.br


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