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SUTRA DE HUI-NENG - SUTRA DA PLATAFORMA
Apêndice por Ling To
O Sutra do VI Patriarca Hui-Neng
NO ALTO ASSENTO "DO TESOURO DO DHARMA"
Traduzido ao Inglês por A.F.Price e Wong Mou-Lam
Traduzido ao Português por Cláudio Miklos


À meia noite do terceiro dia da oitava lua do ano Yen Sheu, no décimo ano da Era Hoi Yuen, ruídos semelhantes aqueles feitos pelo raspar de uma serra de ferro foram ouvidos dentro do Stupa no qual os restos do Patriarca permaneciam como relíquia. Acordado pelo alarma, os Bhikkhus viram um homem de negro fugindo do pagode. Subseqüentemente, eles encontraram marcas de raspagem infligidas no pescoço do Patriarca. Relatórios foram diligentemente feitos para o Magistrado Liu Wu Tim e o Magistrado Yang Han. Após receber a queixa eles fizeram uma extensa procura pelo culpado, que cinco dias depois foi capturado na vila Shek Kwok para julgamento.

Ele declarou que seu nome era Chang Ching Mun, um nativo de Leung Yuen de U Chow, e que no monastério Hoi Yuen de Hung Chow ele tinha recebido 2.000 moedas de um Bhikkhu de Sun Lo (uma região da Coréia) chamado Kam Tai Pi, que o ordenou roubar a cabeça do Patriarca para ser enviada à Coréia para veneração.

Tendo tomado este depoimento o Magostrado Liu reservou seu julgamento, e foi pessoalmente a Tso Kai consultar-se com o discípulo mais velho do Patriarca, Ling To, sobre qual seria a sentença adequada. Ling To disse, "De acordo com a lei do estado, a sentença de morte deve ser passada. Mas como a misericórdia é o ponto chave do Budismo, o qual ensina que entes queridos e inimigos devem ser tratados igualitariamente, acrescido ao fato que a veneração religiosa é o motivo do crime, o ofensor deve ser perdoado." Muito impressionado, o Magistrado Liu exclamou, "Agora começo a perceber quão liberal e de mente equilibrada são os Budistas!" O prisioneiro foi posto em liberdade.

O Imperador Shiu Chung, que desejava fazer veneração ao manto e à tigela do Patriarca, enviou um embaixador a Tso Kai para escoltar os objetos com o devido respeito até o palácio real. Eles foram mantidos lá até o primeiro ano de Wing Tai, quando o Imperador Tau Chung teve um sonho na noite do quinto dia da quinta lua que o Patriarca lhe pedia para que retornasse as relíquias. No sétimo dia na mesma lua, o seguinte édito endereçado a Yang Kan declarava:

"Uma vez que Sua Majestade sonhou que o Mestre do Dhyana Wei Lang pedia a restituição do manto e da tigela herdados, o Marechal Chan Kwok (‘Pilar do Estado’, um título de honra) Lau Sung King está portanto incumbido de escolta-los com a devida reverência para Tso Kai. Estas relíquias são consideradas pelo Imperador como valores do império, e vós sois ordenados a guarda-las propriamente no monasntério Po Lam e dar ordens expressas aos Bhikkhus, os quais receberam instruções especiais do Patriarca, a exercitar cuidado especial para sua proteção, de forma que nenhum dano lhes seja infringido."

Tempos depois, as relíquias foram roubadas várias vezes, mas em cada ocasião foram recuperadas após o ladrão fugir para longe. O Imperador Hin Chung conferiu ao Patriarca o título póstumo de ‘Tai Kam’ (O Grande Espelho, ou O Grande Visionário) e escreveu o epígrafo ‘Um Wo Ling Chiu’ (O Espírito Harmonioso Brilha Divinamente) no Stupa.

Outros materiais biográficos recordando a vida do Patriarca foram encontrados nas tábuas escritas pelo Chanceler Wong Wei, Magistrado Liu Chung Um, Magistrado Lau Shik, e outros, todos da Dinastia Tang.


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