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Chung-i Hung-en Certa vez, Yang-shan perguntou a Chung-i Hung-en, discípulo de Ma-tsu: — Como se pode ver dentro de sua natureza-própria? — Chung-i disse: — Imagine uma jaula com seis janelas e dentro dela um macaco. Quando alguém chama pela janela do leste: Macaco, ó macaco!, ele responde. A mesma resposta se obtém nas outras janelas. — Yang-shan agradeceu a explicação e disse: — Seu instrutivo exemplo é perfeitamente compreensível, mas há algo que desejo esclarecer. Se o macaco estiver dormindo lá dentro, exausto, que é que acontece quando alguém do lado de fora chega para entrevistá-lo? — Chung-i desceu de sua cadeira de palha e, tomando o braço de Yang-shan, começou a dançar, dizendo: — Ó macaco, ó macaco, minha entrevista com você acabou. É como um animalzinho aninhado entre as sobrancelhas de um mosquito; ele sai para uma encruzilhada e grita: "A terra é vasta, são poucas as pessoas e raramente se encontra um amigo!" Texto extraído de "A Doutrina da Não-Mente" de D.T.Suzuki |