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Entrevista com Coen Sensei por Mariana Sayad1 Monja Coen - Eu me interessei pelo Zen através do Zazen (meditação sentado) e da meditação. Ao fazer, na prática religiosa, descobri que era a melhor coisa que tinha acontecido e poderia acontecer para qualquer pessoa. Como é que não poderia dedicar o que resta da minha vida a essa prática. WM - A senhora foi influenciada por alguém? Quem? Monja Coen - Pelos Beatles (risos), é verdade. É interessante isso, porque tiveram várias influências, nunca podemos dizer que o que fazemos na vida foi uma coisa só que influenciou, é uma série de causas, circunstâncias e condições. Mas, o que mais me interessou é porque os Beatles faziam, não era fã deles, eu ouvia muito pouca música sempre fui uma pessoas mais de verbalização de palavras, lia e escrevia muito. O mais me impressionava neles (Beatles) era a simplicidade, a capacidade de carisma e o controle de massa. Notava que eles eram extremamente inteligentes e ágeis, isso me fascinava. Quando vi que aqueles meninos, estavam fazendo uma coisa chamada meditação. Quando fui morar em Londres, comecei a reparar que várias grupos de música faziam a também. Isso ficou no fundo da minha cabeça, antes de voltar ao Brasil, comecei a fazer uma espécie de meditação sozinha, inventar uma coisa, deve ser isso agente senta e começa a fazer "ononon...". Era uma delícia. Quando voltei ao Brasil continuei a fazer os meus "onzinhos", ler alguns livros que me deram e diziam que quando você fizer esse "on", imagine seu guru lá na Índia. Então, tem um raio de luz que vai do centro sua cabeça até ele, outro que vai da garganta até ele e outro que vai do coração até ele. Era uma delícia. Quem era o guru que eu estava ligada não sei, mas era muito agradável. Quando fui morar nos Estado Unidos, comecei a praticar com alguns grupos, mas queria fazer a posição de Lótus completa (colocar o pé esquerdo sobre a coxa direita e o pé direito sobre a coxa esquerda; as plantas dos pés ficam voltadas para cima). Mas, ninguém tinha falado muito dessa posição, principalmente, quando eu li um livro, que falava das ondas mentais alfa, e comecei a me indagar se aquilo que estava fazendo em meditação era alfa. Será que estava fazendo certo ou estava invento algo novo? Então, fui procurar Zen Centro de Los Angeles. Antes disso, fui trabalhar no Jornal da Tarde e tiveram coisas que me influenciaram muito nessa época. Primeiro, nossa visão de mundo, esse contato que você tem com todas as esferas da vida, com os todos os seres de diversas as camadas, transformam o ser, você deixa de pensar só num grupo de uma maneira, você percebe que os valores que te deram na escola, na casa, na família e naquele bairro são muito relativos a eles mesmos. Você começa seres que vivem com outros valores e padrões e, então acaba quebrando aquele seu senso de valores, você fica meio balançado. É uma coisa interessante. Nisso fizemos uma matéria sobre grupos e sociedades alternativas e eles falavam das comunidades Zen, nos Estados Unidos. Em que estavam buscando uma alternativa para a sociedade norte americana, era mais ou menos depois da guerra do Vietnã. Quando os estudantes saiam na rua fazendo passeatas, naquela época a juventude tinha muito interesse de mudanças sociais, houve um momento era muito isso, "nós queremos transformar o mundo". E os monges vietnamitas que se queimavam e esmolavam. Uma das fotos que apareciam na imprensa naquela época, tinha uma em que um monge sentado em meditação e tudo pegando fogo a sua volta, que controle é esse? Como é que um ser humano com aquele fogo? Com tudo isso que dói terrivelmente como é capaz de ficar imóvel? Será que eu posso conter isso? Então, isso me chamou. Houve vários eventos e eu acabei indo para os Estados Unidos, em Los Angeles esse livro de ondas mentais alfa dizia, que quando estamos em zazen, estamos em alfa. Então eu perguntava ao monge: a ciência usa elétrons, existem várias maneiras para induzir alfa. O que acha disso? Não precisa ficar sentado em meditação, uma máquina, uma droga ou uma música você entra em alfa. Ele respondeu, "para que entrar pela janela". Essa frase eu achei maravilhosa, para que entrar pela janela, se existe a porta. Não precisa de indução de nada, nós naturalmente, podemos entrar nesse universo que é ondas alfa, que é paz, tranqüilidade e a maior capacidade nossa mental. WM - Porque resolveu seguir a tradição Zen Budista? Monja Coen - Foi por causa do Zazen, sai em busca de meditação. E no Zen budismo a base da prática é a meditação sentada, foi através dessa meditação foi que eu entrei em contato com a essência do ser. Foi a partir daí que eu comecei a me interessar por religião, até então não tinha nenhuma, dos 13 aos quase 30. Questionava muito isso chamado Deus, existe isso? Onde fica? Que história é essa? Porque agente nasce? Porque agente morre? O que é morte? Eram as coisas que eu perguntava. O questionamento principal era o que é Deus. Principalmente sendo criada em família Cristã, através da meditação você começa a encontrar essas resposta dentro de você e não coisas que estão escritas em livros, a minha experiência foi essa de prática, não tinha lido nada sobre o Zen Budismo, não era uma pessoa interessada pelo Japão e pela cultura japonesa. Era uma coisa muito distante quanto brasileira, quando viajava pelo mundo pensava em ir para a Europa, EUA e para a Índia, mas o Japão não passava pela minha cabeça. Mas, quando o meu coração se abriu para o Zen Budismo e essa meditação me trouxe as respostas, então, quando comecei a ler os textos sobre Budismo, pensei: então aquilo que eu experimentei está aqui no texto, eles estão colocando em palavras aquilo que eu sei que é verdade, que analogia boa. Então foi um processo da experiência entrar na teoria e não ao contrário. WM - Como foi a aceitação da sua família quando decidiu ser Monja? Monja Coen - Meu pai não segue nenhuma religião, ele é meio incrédulo das pessoas religiosas, porque ele acha que estão sempre colocando ilhais acima das possibilidades humanas. Então, ele nunca foi muito favorável as minha religiosidade que eu tive aos 12 e 13 anos, quando queria ser freira. Quanto ao Budismo, nunca disse nada. Já a minha mãe dizia: "você é cristã, nasceu cristã. Por que você não vira freira? Já que você quer servir a Deus, venha servir dentro da sua tradição". Então comecei questionar com ela e comigo o que é a minha tradição; a tradição Cristã não é brasileira, é importada, nasceu na África e se espalhou. Ela não é nativa nem do Brasil, nem de Portugal, de onde veio a minha família, é tão estrangeira quando o Budismo. Então, não tenho essa tal tradição. Comecei a discutir comigo mesmo e sempre ficava aquela coisa, nossa estou traindo a minha religião: nossa que coisa medonha que eu estou fazendo, desde criancinha ensinaram ler Padre Nosso e Ave Maria, tinha aquelas imagens de Jesus em casa, sempre tiveram. Teve uma fase que foi um pouco difícil, até que apareceu uma espécie de um sonho, era uma coisa muito viva e clara, em que Jesus e Buda conversavam, estavam na mesma esfera e no mesmo nível. São como grandes amigos, que falam a mesma linguagem, que se compreendem. E porque que eu estava fazendo essa batalha entre os dois enquanto, não existe isso no nível superior. São coisas que nós criamos, tão pequenas e limitadas. Se essa tradição é a que responde ao meu coração, porque não. Sem que eu falasse disso com a minha mãe, ela me ligou e disse "acho que você está servindo a Deus, seja qual for a religião escolhida. Então vá minha filha, eu te abençoou", disse a ela que não podia me tornar monja sem a sua benção. No dia que ela disse isso para mim, foi num domingo de manhã, fui falar com o meu professor, não contei minha conversa com minha mãe, "quero marcar a minha ordenação". Então, ele abriu o calendário dele e disse "que tal no dia 14 de janeiro" e eu disse "está ótimo". Minha mãe, a partir do meu interesse pelo Budismo, começou a estudar sobre o Zen Budismo, ela é muito interessada em psicanálise. E me lembro quando fazia minhas curtas incursões no Brasil, ela reunia as amigas dela para falarem sobre o Zen Budismo e me chamava para debater. Então comecei a perceber que ela começou a defender e ensinar a elas sobre o Zen Budismo, achei interessante. E o meu pai vem aqui todo domingo e oferece um incenso no altar ao Buda e um dia me perguntou "posso fazer um pedido" e falei " quantos você quiser", ele todo bonitinho, coloca as mãos palma com palma, oferece o incenso, olhando para o Buda, conversando com ele e pedindo as coisas que ele quer pedir. WM - Como era sua vida antes do Zen Budismo? Monja Coen - Ficava brava, muito brava. Triste, muito triste e alegre, muito alegre. Hoje eu fico triste e alegre, mas era diferente, porque era como se eu fosse uma marionete. As pessoas eram capazes de mexer demais comigo, conforme o que me falavam. De repente o Zen Budismo dá uma estabilidade e um centro. Você sabe que isso existe, você consegue voltar mais rápido, continuo tendo problemas, mas são transitórios. Não fica muito pegajoso, nem "lamacento". É mais rápido o processo, é mais profundo, você fica mais em contato com os seus sentimentos, suas tristezas e alegrias são mais profundas e quietas. WM - Como fica o quesito celibato para monges budistas? Monja Coen - Dentro da tradição japonesa, dos monges budistas japoneses, é a única, em que permite casamento. Então, alguns outros grupos de budistas, dizem que os monges japoneses são meios leigos, porque eles se casam e constituem família. Também dentro da nossa tradição japonesa, não são todos que se casam, geralmente, os abades os Mosteiros Cedi, se eles são casados, se divorciam para assumir a liderança. Isso ainda é uma exigência para os mosteiros Cedi e alguns de treinamento monásticos. A maioria dos monges do Japão, mais ou menos 90%, são casados e das monjas, mais ou menos 90% delas, são celibatas. Não é proibido, mas é esperado. WM - Qual o significado de raspar a cabeça? Monja Coen - Nem todos os monges budistas raspam a cabeça, na nossa tradição Zen é mais enfático isso, em outros grupos não. É fazer o que Buda fez. Cabelo na Índia era sinal de Casta, avalia o nível social que você é conforme o tamanho do cabelo, o corte e o penteado. Então, raspar a cabeça é manter-se fora da casta e, a outra coisa, é não ter apego. Hoje em dia, é algo atemporal, olhar uma pessoa de cabeça raspada e uma roupa que se usa há muitos séculos, não é exatamente do futuro, nem do passado e nem do presente, mas está presente dentro da impressão. Uma outra coisa que acho importante, minha abadessa, minha professora no Japão, costumava dizer: "quando você anda na rua, não é você, e sim, um monge, é um discípulo de Buda. Então, lembre-se que tudo que você faz é o Budismo que está fazendo, tudo que você está criando é uma imagem para o Budismo". Isso era interessante, porque tinham algumas monjas, inclusive eu, que íamos comprar um chocolate e dava vontade de comprar aquele caro e gostoso, mas, ficava pensando, "sou monja e ganhei esse dinheiro com esmola e não posso ficar esbanjando". E comprava o mais barato. Então, a cabeça raspada tem uma certa importância, porque você na rua é um Sermão ambulante, se alguma pessoa está triste e desesperada, quando vê um monge andando pela rua, só a figura já faz a pessoa lembrar da sua parte espiritual. WM - Qual a sua opinião sobre os jovens de hoje, que segundo o Papa João Paulo II, estão "matando" Deus? Monja Coen - Como você pode matar o que não sabe o que é. O que você não encontrou. Um dia me contaram uma piada, que gostei muito. Tinha dois meninos muito levados e a freira não agüentava mais e resolveu levá-los ao Padre, quem sabe ele faz alguma coisa. Chegou e falou com o padre "fala com o Zezinho e com o Paulinho, pois estão insuportáveis, ninguém consegue dar aula com eles". Então, o padre pensou o que falaria para eles. "Manda entrar, mas um de cada vez", entrou o Zezinho. O padre perguntou "você sabe onde está Deus?", o Zezinho fechou os braços e respondeu "não". "Como não", retrucou o padre, "Onde está Deus? Zezinho", onde está?, me diga, onde está?" Desesperado, Zezinho, saiu correndo da sala batendo a porta e falou com o Paulinho "vamos sair daqui rápido, porque Deus desapareceu e estão querendo nos culpar" (risos). WM - O Budismo tem várias linhas, quais são as principais diferenças do Zen Budismo das outras linhas? Monja Coen - A palavra Zen, quer dizer estado de meditação profunda. É que a base da prática é o Zazen. Nós nem chamamos de meditação, e sim, de Zazen, sentar-se em Zen. Porque não é meditar em alguma coisa ou ficar pensando em algo, nem usar Mantra, nem usar visualizações de alguma coisa, não é repetir um nome sagrado. Mas, estar presente e em contato com a essência do ser, não é diferente da essência de tudo que existe. Enquanto as outras tradições evocam o nome de Buda, algumas evocam o nome de um Sutra sagrado, dizendo que esse Sutra é o próprio Buda, porque o seus ensinamento é o corpo dele. Como em outras tradições tem vários rituais para entrar em contato com essa unidade. WM - Ao vir para o Ocidente, o Budismo passa por alguma adaptação? Monja Coen - Está sofrendo adaptações ainda, agente não fala de um Budismo praticamente Ocidental, está se comentando muito sobre o Budismo norte americano como algo que já tenha entrado no espírito da cultura da América do Norte. Na verdade, ainda é muito cedo pra falar isso, porque o Budismo no Ocidente tem, praticamente, um século de existência; é muito pouco para fazer uma adaptação cultural. Mas, tem sido feitas muitas mudanças, na Índia tinha algumas características da linguagem e da cultura, a linguagem traduz muito a maneira de pensar de um povo. Quando passa para a China e é feita a tradução, vai entrar no pensamento chinês. Da China vai passar por outros países, o Japão por exemplo, haverá uma aculturação do pensamento japonês. O que estamos recebendo, por esse templo, é o Budismo japonês que está chegando no Brasil. Algumas diferenças, por exemplo, um dia fomos fazer uma palestra com o novo Superior Geral e algumas pessoas presentes na palestra me falaram: "É tão difícil dizer que apreciamos a palestra dele, porque ele fala de vários assuntos e não faz a conexão". Então respondi, "isso é muito maneira japonesa de ser, porque você fala uma coisa e outra, deixando que o ouvinte faça a conexão em vez de dar o 'prato pronto'". É uma diferença educacional. É a mesma coisa se eu chegar aqui falando o português de Camões, ninguém iria entender nada. O que faço de traduções, procuro muitas vezes deixá-la literal, porque acho o gosto japonês agradável. Por isso, algumas pessoas me criticam porque muitas vezes não acham muito bonito, nem muito poético em português. Mas, queria que sentissem , um pouco, a sutileza da língua japonesa. Algumas coisas que me impressionou no Japão foi a gentileza das pessoas, independente das discriminações que existem; é no dia a dia. Acho que isso é importante, muda nossa maneira de ser. As coisas boas que vemos em outros países, podemos incorporar nas nossas. WM - O que a Senhora aconselharia para quem está iniciando no Zen Budismo agora? Monja Coen - Zazen. É bom ter alguém que já tenha tido alguma experiência para orientar. Porque alguns pensam que é só sentar e ficar divagando, pensando, imaginando e sonhando, mas não é isso. Uma das coisas que recomendamos, é que faça o Zazen, quando aprender, pelo menos duas vezes por dia, de manhã e de noite. Procurar dar uma continuidade na prática, nós somos aquilo que fazemos. Quando fazemos a prática de Buda, ele se aproxima de nós, quando paramos ele se afasta. Outro dia, estava lendo um texto do Dalai Lama, que é de outra tradição, que dizia assim: "quando uma pessoa quebra os preceitos, é como se ela estivesse tirado coroa de ouro, que é levíssima, e tivesse colocado uma coroa de ferro pesadíssima na cabeça". Então tudo que é agradável de se ter é substituído por um grilhão que te aperta e pesa. WM - Como a Senhora definiria o Zen Budismo? Monja Coen - Gosto muito do que um monge que viveu no século oitavo na China, quando perguntavam a ele, qual a essência do Zen? E ele dizia " o universo é uma jóia redonda e nós a vida desse universo, dessa jóia. Todos nós e tudo, não viemos de fora e nem vamos ficar de fora, não existe fora nem dentro, apenas a jóia. O Zen nos leva a realizar e conhecer. WM - A senhora já conheceu várias partes do mundo? O que mais gostou e o que a deixou mais triste? Monja Coen - Talvez uma das coisas de que mais tenha gostado foi o Budismo japonês, porque tinha professores muito bons, que era melhor do que qualquer doce, que qualquer carinho, melhor do que qualquer coisa. Esse sentido de prática mesmo, que às vezes não é tão agradável, bom e machuca. Isso encontrei muito nos Estados Unidos e no Japão, vários lugares de treinamento e professores . Nós monges, pelo menos no Japão, independente de ter dinheiro ou não, somos muito bem tratados, tínhamos reuniões muito agradáveis. Agora o que achei de mais triste no mundo e ainda acho, é a violência, em todos os aspectos, na natureza, aquele caso do vazamento de Petróleo, todos aqueles passarinho molhados. Dá vergonha fazer parte de uma humanidade que faz tanta bobagem, como é que podemos ajudar. Quando ando nas ruas de São Paulo, tem tantos pobres, com os pés calosos e descalços, aqueles calos que tem até um rasgo e sujo. Sem perspectiva, sem casa, largado, perder todo o desejo pela vida e não existe mais nada que os mova. Fica aquela sensação "o que fazer para transformar isso?", " que isso possa fazer aquelas coisas boas, que eu sente, de ser respeitado, querido, necessário e participante. Como é que você transforma isso?" Acho isso a coisa mais triste do mundo, independente do país, no Japão existe menos miséria do que aqui, com poucos mendigos. É menor a quantidade, mas a tristeza e o sofrimento são os mesmos. WM - Qual a sua opinião sobre a internet? Monja Coen - Interessante, estamos com um programa em que estamos colocando informática dentro do Carandiru. O que as pessoas tem reclamado, é essa globalização só esta pegando uma parte da população, só a camada rica, então vai ter mais pessoas excluídas. Acho que depende de nós não permitir, isso torne uma exclusão, nós podemos tornar uma inclusão. Isso vai começar, pois é natural está aumentando muito o número de computadores, de aparelhos em si. Primeiro eram só alguns que tinham porque era muito caro, então foi ficando mais barato. A pessoa que tem dinheiro, está sempre trocando por um computador mais moderno e o antigo, por não valer mais nada, ela doa para instituições, que naturalmente, não é último modelo, mas para começarmos a ensinar as pessoas da favela não tem problema nenhum. Isso é importante para que possamos romper essas barreiras. Hoje é muito simples falar com o mundo, de perceber que estamos em contato, mas isso, já estava acontecendo sem a internet. Nós vivemos em uma internet, que é uma rede interligada, isso é o ensinamento básico, somos interligados e interconectados, queiramos ou não. Agora inventaram uma "maquininha" , que está mostrando isso fisicamente, para quem não percebeu ainda, ela está tornando mais fácil, mais rápido, do que tentarmos telepaticamente.
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