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INTRODUÇÃO A NATUREZA DA MENTE

texto compilado por Karma Tenpa Dharguye

A INTRODUÇÃO DIRETA SEGUNDO O MENGAGDE

Em duas subdivisões:
Para os melhores praticantes, há uma segunda introdução direta; eles podem ser liberados justamente após haverem recebido diretamente esta introdução.
Esta introdução comporta duas subdivisões: a primeira é a introdução direta, e a segunda concerne à decisão de entrar na grande não-ação.

A INTRODUÇÃO DIRETA.

No que concerne à introdução direta, há três maneiras de ensinar. A primeira consiste em comentar os pontos importantes, a segunda em ligar e a terceira em adquirir determinação.

O primeiro método: o comentário dos pontos importantesAqui, dois métodos estão presentes: mostrar diretamente a consciência clara fundamental e mostrar a visão, a prática, a ação e o fruto.

1. Mostrar diretamente a consciência clara-raiz.

Há três descrições da consciência clara (rig pa). A primeira é a consciência clara da mente toda penetrante; a segunda é a consciência clara da mente pensante e a terceira, a consciência clara primordial. A primeira corresponde à consciência clara do Budha que abraça todos os seres. A segunda é a de algumas escolas de meditação como no Vipassana (visão penetrante) onde a consciência clara é praticada na meditação. Nesse caso, se não praticarmos, não veremos a consciência clara; às vezes ela é clara, e às vezes ela não é. A terceira corresponde a esta visão: é a verdadeira consciência clara do dzogchenpo. Ela está sempre aí, quer pratiquemos a meditação ou não, quer a realizemos ou não. Quer a conheçamos ou não, não tem importância. O que segue nos expõe diretamente esta consciência clara.

2. A visão, a Prática, a Ação e o Fruto.

No início, sentemo-nos na postura dos sete pontos. Depois, o mestre interpela o estudante e diz: "Oh! Nobre filho, há um observador ou uma coisa que seja observada? Aonde esta coisa vai? E aonde ela não vai?" Não podemos encontrar o objeto à observar ou o observador. Nesse momento, tudo se torna como o céu. Não mudamos nada, não fazemos nada. Esta natureza é inexprimível. Nesse instante, não há mais nomes ou conceitos de claridade, de vacuidade ou de unificação."Não podemos mostrar isso por um exemplo: não a podemos verificar ou reconhecê-la pelos pensamentos". Somos incapazes de fazê-la desaparecer, e, entretanto ela jamais vai embora. Ela não tem raiz - é vazia. Quando estivermos neste estado a claridade está presente continuamente, pura e sem entraves. A claridade se manifesta por si mesma, ela não tem antídotos. Ela estará sempre na felicidade. Sempre nua, ela não pode ser iludida. Não podemos descrever o que vemos, ainda que seja sempre brilhante. Sua natureza é incessante. É a natureza inexprimível e a sabedoria incessante. Não há motivo para que as visões estejam presentes; sem pensamentos, a claridade está aí. "Sem distinguir o sujeito do objeto, a sabedoria está presente. Quer dizer a sabedoria sem objeto nem sujeito, sem substância. É o caminho do grande segredo da Grande Perfeição - o sangue do coração das Dakinis - é o don de Drenpa Namkha (drag pa nam mkha'). E é também o ensinamento essencial de Rigpa Rangshar (rigpa rang shar)".

"Compreenderam? Realizaram? Maravilhoso!"




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