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A atividade espontânea Jamgon Kongtrul Lodrö Taye Extrato da "L’ouverture transparent" publicado no livro: "DHARMA LA VOIE DU BOUDDHA – Mahamudra-Dzogchen" Tradução ao português: Karama Tenpa Dhargye Durante a pós-meditação, entre os Thüns No meio da simples presença desperta Do observador abstraído A não distração é mantida Ela é praticada discutindo, cozinhando, lendo livros... O que quer que façamos. Resumindo: não nos distraímos mais. Sem que os pensamentos e sua inteligência Não se cindam em se tomando como distintos, Como as vagas e a água Tem um único sabor, Repouse no estado da lucidez-inteligência Que compreende a si-mesma. Se não se compreende isso Permanecer simplesmente "lúcido e todo aberto" No estado fundamental "daquele" que constata: "Em repouso" ou "em movimento". Alguma vigilância que segue, examina ou avalia Não é para desenvolver. Permaneça somente sentado em repouso, "Em um relaxamento, claro e tranqüilo". Vem então a satisfação d’uma ausência de distração Que poderá parecer constante. É a luminosidade vazia "brilhante, aberta e desembaraçada": Nela, todos pensamentos que surgem Esgotam-se desde sua aparição - Como flocos de neve sobre pedra quente – (...) Quer a mente esteja em repouso, em movimento, Feliz, infeliz... e o que quer que apareça É suficiente cultivar a vinda espontânea Do estado natural "ficando tal como", Sem bloquear ativar, fabricar ou modificar o que quer que seja; Ao recitar textos, cantando mantras, Quer nos mexamos, fiquemos parados, dormindo ou o que quer que façamos. É isso que se chama "a atividade espontânea". |